quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Personagem - Setembro 2011

Lena Santos - Residente em São Luis do Maranhão e grande incentivadora do blog. Além de um colírio para os nossos olhos, foi a primeira pessoa a seguir o nosso blog. A ela nossa homenagem.



segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Cultura & Arte

C R Ô N I C A
A PRIMEIRA COMUNHÃO
                  Por João Bosco
                             


EM JUNHO DE 1952 o padre David  viria, como sempre, para celebrar a festa de Santo Antônio. Eu completara meus 7 aninhos em novembro do ano anterior. Como era corrente ensinar-se, a criança até aos 7 anos é pura e sem pecado; depois dos 7, perde a inocência e vira pecadora. Urgia, pois, que me confessasse, para sair do estado de pecado em que caíra, em razão da idade.
            Esse era um ensinamento incutido como obrigação de todo bom católico e toda família jenipapeirense o punha em prática. Isto é, preparava seus filhos para a primeira comunhão, que se realizaria na primeira festa de guarda que houvesse após completarem 7 anos.
            Toda criança próxima dessa idade sabia disso, e a perspectiva das  torturas do aprendizado preparatório não era nada animadora.
            Tal conhecimento custou-me caro, principalmente por causa de Lista, meu querido sobrinho e irmão de leite. Companheiro em tanta travessura, cúmplice em tantas traquinagens, não me perdoou ao ouvir-me dizer um “nome feio”. Levei azar porque o fato se deu logo após eu haver completado 7 anos. O  que o movia, entretanto, não era o nobre e fraternal interesse de resguardar minha alma cândida ou protegê-la do cometimento de novas recaídas,  mas puramente o interesse mesquinho de tirar proveito pessoal do conhecimento que tinha desse meu pecado mortal.
            - Olhe que eu enredo tudo ao vovô Loura! - ameaçava o pequeno chantagista, quando queria uma coisa.
            Eu, temendo a mão pesada do velho, sempre o atendia, fazendo ou dando-lhe o que bem lhe aprouvesse pedir. Foram meses vividos no pavor da revelação e do inevitável castigo subseqüente. Imagine, agora, o grande nome feio, por cuja pronúncia supunha viver em mortal pecado e tão caro pagava:
            -  “Cão!”
            Em janeiro, Mãe Baixa (Geralda) começou os preparativos para esse importante evento religioso, e eu, finalmente, pude ver-me livre das chantagens do meu querido sobrinho. A perspectiva da confissão libertava-me de suas garras tirânicas. Graças a Deus!
            Não foi um período fácil o do aprendizado eucarístico. Eram rezas compridas, maçantes, difíceis: "Padre Nosso, que estais no céu, santificado seja o Vosso nome... “; “O Pão Nosso de cada dia nos dai hoje...”; “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco...” ; “Santa Maria, mãe de Deus...”; “Creio em Deus Pai, todo poderoso, criador do céu e da terra...”; “Salve Rainha, mãe de misericórdia...”; “Eu, pecador, me confesso a Deus..." Eu, rezando atrás, repetindo - decorando tudo.
            Nem todas essas orações seriam objeto do questionário confessional. Mas não fazia mal que as aprendesse. Era obrigação, aliás, de todo bom cristão tê-las na ponta da língua. Principalmente aqueles que, através da primeira comunhão, pretendiam confirmar sua crença e firmar compromisso com seu Deus, criador de todas as coisas.
            Passado um mês, em que eu apenas a acompanhava repetindo essa enfiada de rezas e doutrina, veio a etapa de verificação:
            - Reza o “Padre Nosso” - mandava a catequista.
            - Padre Nosso, que estais no céu, santificado seja o Vosso nome...
            - Reza o "Creio em Deus Pai"; a “Salve Rainha”; o "Eu, pecador".
            Eu rezava, “engrolava”, comia frases inteiras só para me ver livre daquela tortura. Mas, então, vinha a parte doutrinária.
            - Quem é Deus? 
            - Deus é um Espírito perfeitíssimo e eterno, criador do céu e da terra.
            - Quantas pessoas há em Deus? Quantos são os Mandamentos da Lei de Deus? E os da Igreja?
        O pobre do aprendiz ali, respondendo, repetindo, “papagaiando”, trocando um nome aqui, atropelando outro ali, engolindo letras e sílabas, confundindo-se nos mistérios da Santíssima Trindade. Vez por outra, levando um muxicão.
            Aquilo era uma tortura, toda noite. Às vezes adormeciam, catequista e catequizando, na monotonia daquela cantilena. Era preciso ter tudo na ponta da língua, que o padre David era duro.
           - Arrocha com ele; o menino não pode voltar dos pés do padre - recomendava meu pai, sempre que assistia a esses interrogatórios nas aulas de catecismo.
            "Voltar" significava ser reprovado no teste da confissão.
            No dia marcado, uma quinta-feira à tarde, antes de seguirmos para a igreja, Mãe Baixa deu-me um banho em regra e fez um ensaio final. Convenientemente preparado (ou amedrontado?), "entonado" em  roupa nova, partimos, eu  e  minha preceptora espiritual, em busca do galardão eucarístico.
            Chegamos. Igreja quase vazia. No confessionário, apenas uma velha, que pouco se demora. Não devia ter muitos pecados. Infelizmente não havia nenhum outro novato da confissão. A presença de outras pessoas sempre ajudaria a dividir a carga dos medos, das tensões, das angústias. Nesses casos, a espera era até benéfica, vez que ajudava a amortecer a ansiedade.
            Pronto: chegou minha vez! Aí, sinto o estômago "cair". Nas mãos, abundante suor. Movimento-me em passos trôpegos, como se fosse um condenado a caminho da forca e não em busca da salvação. Fico ali, de pé, à espera.
            - Ajoelha-te, meu filho! (Cultor do bom português, o padre não dispensava a colocação correta do pronome).
            Aquela voz, apesar de sussurrada, era imperiosa. Eu, estabanadamente, dou com a cabeça na portinhola do confessionário. Atordoado, quase não escuto a ordem:
            - Faz o "Pelo Sinal".
            Autômato, obedeço.
            - Faz o "Nome do Pai".
            Mecânico, eu o faço.
            - Reza o "Creio em Deus Pai".
            O que era mesmo que o padre dizia? Não consigo entender. Enquanto era o gesto mecânico, tudo bem. Mas na hora de falar, cadê a voz? Maxilares travados de tensão e angústia, fico mudo. Faço um esforço enorme, e nada. Procuro a língua, não a encontro. Tento abrir a boca, mas a tenho pregada, rígida. Quando, afinal, consigo movimentar os lábios, não sai som. Perco a noção do tempo. Percebo alguém falando... longe, bem longe... Mas, quem? E o que diz? A voz, autoritariamente anasalada, repetia:
            - Reza o "Creio em Deus Pai".
            Depois do que me pareceu uma eternidade, me dou conta de que era o padre David quem estava falando. Mandava que eu rezasse alguma coisa. Mas, o quê? Seria o "Creio em Deus Pai"? Não seria o "Eu, pecador"? Pelo sim, pelo não, começo a rezá-lo. Isto é, penso que rezo. Na verdade, apenas balbucio palavras soltas, desconexas, em que se misturam o "Padre-Nosso", o "Creio em Deus Pai" e outras litanias.
          Nem sinto o joelho em brasa, só o tremor  que me percorre o corpo. E o frio  intenso,  como  se  estivesse  com  febre alta ou sezão. De repente, porque quase aos gritos, escuto a ordem terrível:
            - Levanta-te. Vá aprender o "Creio em Deus Pai" e volta em outra ocasião.
            Era o que meu pai não queria que acontecesse. Mas ali estava o fato inconteste, consumado: voltara dos pés do padre. Fora reprovado, ignominiosamente reprovado no vestibular do Senhor. Mãe Baixa está mortificada; só balança a cabeça, não acreditando no que vê.
             Levei uma grande surra.
            Quatro meses depois, por ocasião das festas de outubro, consegui ludibriar o padre. No meio de uma leva de fiéis adultos, no dia "D" das confissões, consegui ser aprovado. E nem precisei rezar o "Creio em Deus Pai" ou outra qualquer reza introdutória. Mal me ajoelhei, já o vigário me foi ordenando:
                  - Conta-me os teus pecados.




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domingo, 25 de setembro de 2011

Notas Soltas

Litígio
O clima de animosidade entre Tatá e a familia Morais, é apenas resultado do lançamento da candidatura de Luís Eduardo a vereador nas proximas eleições. Sabe-se que LE é um aliado de primeira hora de Tatá, filiado ao PSB. Que em reconhecimento a sua lealdade, foi lançado candidato a vereador e conta com seu apoio nas proximas eleições.
A impossibilidade de LE continuar apoiando Everaldo ou qualquer outro membro da familia que venha ser candidato a vereador nas proximas eleições, provocou este clima ruim.

Novo Ninho
Quem vai se filiar ao PSB é o vereador Wilson Santos, ele acredita que concorrer com LE e Nevinha é muito mais conveniente do que continuar sozinho na sua legenda(PR). Havia a alternativa, o PSD, onde poderia concorrer com outros candidatos teoricamente mais fortes. Mas, diante da insegurança de se filiar num partido que está em formação, fez a opção pelo PSB, partido que poderá lhe dar estrutura para concorrer nas eleiçoes do proximo ano.

E Agora, José?
O atual presidente do Poder Legislativo, José Rodrigues Filho, conhecido por Nego de Seu Joaquim, nao se candidatará a vereador nas proximas eleições. Pelo menos essa é a versão nos meios politicos da cidade. Qual seria então o seu destino?

Votação Biométrica
Francisco Santos será beneficiado com a votação biométrica nas eleições municipais do proximo ano. O cadastramento começara no dia 23 de Outrubro até o dia 21 de Novembro. Todos eleitores serão convocados e quem não comparecer terá o titulo cancelado. Serão também cadastrados os eleitores das cidade de Picos e Floriano. Nas ultimas eleições o voto em urnas biométricas foi realizado nos municipios de Piripiri e Piracuruca.
Com a votação biometrica o eleitor passar a ser identificado pela impressão digital, tornando praticamente impossivel outra pessoa votar no lugar do titular.

As voltas que o mundo dá
Com a revisão eleitoral e a implantação do sistema biométrico de votação. Os coordenadores que fiscalizarão todo processo serão dois parentes muito próximos, que tem caracteristicas pessoais muito semelhantes. Até ai nada de mais, a herança genética esta sempre transportando de geração a geração os traços de personalidades, o carater dos seus antepassados.
O detalhe mais relevante de tudo isso, é que os dois estarão em lados opostos. Quem há três anos fiscalizou para um grupo, hoje fará para o outro grupo. E vice-versa.
É pra rir ou pra chorar?

Brasil & Mundo

Copa do Mundo



  Panorama Esportivo


RIO - Há mais de uma década acompanhando os bastidores da Fifa, a coluna desconfiou que o silêncio de Zurique em relação à Lei Geral da Copa-2014 não era um bom sinal. Se tivesse gostado, logo elogiaria, como sempre faz a Fifa nesses casos. Fomos apurar e descobrimos que a situação é mais grave. Existe, sim, a ameaça de rompimento, amparada pela cláusula 7.7 do Host Agreement (Contrato para Sediar).

Hoje, não seria surpresa se a Fifa anunciasse, até o próximo dia 5, o cancelamento do evento de 20 de outubro - quando o Comitê Executivo da entidade planeja divulgar o calendário de jogos nas cidades-sedes tanto da Copa das Confederações-2013 quanto do Mundial-2014.

A cláusula 7.7, do contrato, assinado pelo governo brasileiro, estabelece o dia 1 de junho de 2012 - exatamente 2 anos e 11 dias antes da partida de abertura do Mundial-2014 - como prazo final para a Fifa rescindir o contrato e tirar a Copa-2014 do Brasil, sem pagamento de multa.

Diz o texto da 7.7 que a rescisão será aplicada caso as leis e regulamentos necessários para a organização da Copa do Mundo-2014 não tenham sido aprovados, ou caso as autoridades competentes não estejam cumprindo as garantias governamentais exigidas.

As garantias e responsabilidades exigidas pela Fifa também fazem parte do Acordo de Candidatura, entregues em 31 de julho de 2007, pelo presidente Lula, três meses antes de o país ter sido confirmado como sede do Mundial.

A Lei Geral da Copa, enviada ao Congresso no último dia 19 pela presidente Dilma Rousseff, é o ponto de discórdia.

A coluna pôde apurar em Zurique que itens como ingressos, credenciamento, proteção ao marketing de emboscada, gratuidades e até transmissão de TV foram editados em desacordo com o que foi discutido e acertado em fevereiro deste ano, em Brasília, durante reunião do secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, com o ministro do Esporte, Orlando Silva, e técnicos do governo.

Além disso, a infraestrutura dos aeroportos e os projetos de mobilidade urbana são considerados incipientes pela entidade.
Pudemos apurar que a Fifa argumenta não ter como garantir aos patrocinadores a proteção às suas marcas.

E a entidade teme inviabilizar o modelo da Copa do Mundo, que responde por 89% de sua arrecadação de quatro anos, se aceitar a Lei Geral da Copa-2014 como foi mandada pela presidente brasileira para o Congresso.

As duas partes podem até negar, mas apuramos também que Valcke e o Comitê Organizador Local (COL-2014) perderam a confiança em Orlando Silva e não querem mais negociar com o ministro.

E que uma nação plano B já é pensada, para o caso de a Lei Geral da Copa não ser modificada.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Colírio

Kris Mary

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Politica Nacional

TSE adia registro do PSD

    Ficou mais apertado para o PSD, o partido do prefeito Gilberto Kassab, conseguir o registro na Justiça Eleitoral a tempo de disputar a eleição municipal do próximo ano. Dividido, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) começou a decidir ontem, 22, se concederá ou não o registro ao partido, mas a votação foi interrompida por um pedido de vista do ministro Marcelo Ribeiro. A expectativa é de que o julgamento seja retomado na próxima terça-feira. Por enquanto 2 dos 7 ministros do TSE já votaram. A relatora, Nancy Andrighi, é a favor da concessão do registro. O ministro Teori Zavascki quer converter o processo em diligências durante uma semana para verificar a autenticidade das assinaturas em apoio à criação da sigla.

    Para a relatora, o PSD conseguiu o número mínimo de assinaturas. Para criar um partido são necessárias 491 mil assinaturas. No processo de formação, o PSD sofreu uma série de acusações de irregularidades.Antigo partido de Kassab, o Democratas defendeu a recusa do registro ao PSD. O PTB e o Ministério Público Eleitoral também se posicionaram contra a concessão do registro para a legenda. Entre outros argumentos, eles afirmaram que o PSD não conseguiu o número mínimo de assinaturas com autenticidade comprovada. A vice-procuradora-geral eleitoral, Sandra Cureau, observou que há investigações de suspeitas de fraudes em São Paulo, Bahia, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

    Se o PSD conseguir o registro, o Brasil passará a ter 28 partidos políticos. Reportagem divulgada recentemente pelo jornal O Estado de S.Paulo relatou suspeitas de que o partido tenha trocado cestas básicas por assinaturas de apoio à criação da legenda. De acordo com a reportagem, as assinaturas teriam sido colhidas sem o consentimento dos eleitores durante um evento para distribuição de alimentos.Nancy Andrighi votou contra a abertura de investigações. 'Eventuais índicos de ilícitos no processo de coleta de apoiamento estão submetidos ao crivo do Ministério Público Eleitoral, titular da ação penal, que poderá requerer a instauração de inquérito criminal', disse. Aparentemente a favor da concessão do registro, embora não tenha votado na sessão de ontem, o presidente do TSE, 

    Ricardo Lewandowski, afirmou que se no futuro forem configuradas fraudes graves o partido poderá ser desconstituído e os responsáveis serão punidos. 'Estamos com um partido que quer exercer o direito constitucional de existir', disse o presidente do TSE, Ricardo Lewandowski. 'Eu sei que há direito constitucional para formação de partido político, mas há formalidades indispensáveis', afirmou o ministro Marco Aurélio. O ministro disse que não consta que falte partido para disputar a eleição de 2012. 'Não vamos deixar de ter eleições em 2012', disse Marco Aurélio.(Do Estadão)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Virado Pra Lua



            Há alguns fenômenos na política, Carleusa Santos certamente é um destes. Se fez politicamente ancorada no deputado Isac Batista, seu então marido e grande líder político da microrregião de Picos. Com bases em Santo Antonio de Lisboa e influências em muitos municípios devido ao seu faro político e ao seu imenso poder econômico. 
            Concorreu em 1970 contra o esquema de um líder matreiro, astuto e que tinha muita influencia na região de Picos, pois muitos membros da sua família Santos, faziam parte da política de Picos. E Francisco Santos era totalmente dependente, política e economicamente.
            Elizeu Pereira, que em um passado recente já tinha enterrado politicamente Roldão Rodrigues. Provou o gosto amargo das mudanças que a política promove. O candidato do esquema dominante de então, conseguiu derrotá-la pela ínfima maioria de 03 votos.
            Começava aí a decadência política de Elizeu e o início da hegemonia de Carleusa Santos.
            Jovem, bela, rica e carismática, encantou o povo franciscossantense. Seu marido Isac investiu pesado na sua eleição, e ela derrotou o próprio Elizeu Pereira dois anos após sua estreia na politica, pela maioria esmagadora de 252 votos, em 1972.
            Daí em diante foi uma sucessão de vitórias. Sempre contando com um esquema forte, a máquina administrativa nas mãos e o apoio do marido Isac Batista, que continuava cada vez mais rico e influente.
            Em 1996, o primeiro revés. Conjugando a má condução da sua sucessão com a falência do grupo Isac Batista de Carvalho. Foi eleito prefeito Zé de Quinco e vice-prefeito René, duas crias do seu grupo político, que insatisfeitos foram procurar abrigo na oposição.
            Voltou ao poder em 2000 com a fragmentação do grupo que ora se instalara no poder, mas que não souberam manter a aliança vitoriosa.
            Enfim, depois de seus candidatos serem derrotados nas eleições de 2008 e o poder chegar às mãos de dois jovens empreendedores, Édson Carvalho(empresário) e Dr. Luis José(médico). Ela volta a postular a candidatura de prefeita pela sétima vez e com grandes possibilidades de quebrar este recorde absoluto de seis mandatos.
            Todos os movimentos da política local, pelo menos ate o momento, estão a seu favor. Dois vereadores do grupo deixaram a situação e foram para a oposição.
          Aquele encontro do grupo de Tatá em que selaram o rompimento de uma futura aliança com o grupo de Édson e Luis José foi um atestado de incompetência e de inabilidade política de ambas as partes. Teve o efeito de aproximar os eleitores de Tatá que estavam distanciados de Carleusa.


             No momento o quadro é o seguinte:
             Carleusa navegando em céu de brigadeiro, capitalizando adesões e contornando possíveis insatisfeitos, com o simples argumento de ser oposição.
            Já a situação deve tomar medidas drásticas e urgentes. Só um choque de gestão política e administrativa para tentar reverter este quadro inteiramente desfavorável.

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Politica Nacional

Cascos duros - Editorial O Estadão

Quinta, 22 de Setembro de 2011, 03h07
O Brasil andou. A presidente Dilma Rousseff fez menos do que a sociedade anseia em matéria de combate à corrupção. Mas talvez tenha feito o possível, até aqui, dentro das herdadas condições em que lhe é dado governar. Ela exerce o poder dependendo de uma cáfila de políticos a quem o então presidente Lula ensinou que tudo lhes será perdoado desde que não criem problemas para a "governabilidade" do País. De todo modo, apesar das limitações com as quais lida pelo método do ensaio-e-erro, e ao contrário do seu patrono, soa convincente quando louva a ética pública e reitera de que lado está entre o vício e a virtude.

Por uma dessas coincidências a que se deve ser grato, porque lançou um súbito facho de luz sobre o contraste entre a mentalidade que reinava até há pouco no coração do governo e a que tenta se afirmar, quanto mais não seja pela força da palavra, Dilma e Lula falaram de corrupção no mesmo dia, anteontem, em locais e circunstâncias tão diferentes como os dizeres de cada qual. No hotel Waldorf Astoria, em Nova York, perante dignitários de 46 países, a começar do americano Barack Obama, ela foi uma das oradoras da sessão inaugural da organização Parceria para o Governo Aberto, da qual o Brasil é um dos codirigentes. A entidade incentiva o livre fluxo da informação oficial a fim de promover a participação das sociedades nas decisões do Estado e a vigilância sobre a conduta das autoridades.

Nesse cenário, a presidente brasileira deu o seu recado não propriamente aos grandes deste mundo, mas aos residentes do mundo político brasileiro, cuja integridade não raro é inversamente proporcional ao tamanho de sua propensão para a falcatrua e de suas expectativas de impunidade. Daí ela ter renovado a advertência que ecoou bem à época, mas os fatos subsequentes (e a licenciosa lição do passado) ameaçaram desmoralizar: "Fui muito clara desde o meu discurso de posse, em janeiro, quando afirmei que meu governo não terá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito". Foi também para o Brasil, em especial para as pulsões liberticidas que costumam irromper no PT, o estudado elogio à "posição vigilante da imprensa brasileira, não submetida a qualquer constrangimento governamental".

Pano rápido para outra cena. Em Salvador, onde recebeu um título de doutor honoris causa da Universidade Federal da Bahia, Lula deu uma aula sobre o que os errados, desviantes e malfeitores devem ser - e o que não devem fazer - quando os seus atos são trazidos à tona. Reza o manual lulista de resistência à faxina que "político tem que ter casco duro". Quando acusado de fazer coisa errada, "não pode tremer". Se não enfrentar a briga, ensinou, "acaba saindo mesmo". O ex-presidente não está nem remotamente preocupado com a presença de corruptos ou coniventes com a corrupção nos altos escalões da administração federal. É a sua sobrevida que lhe interessa. Foi assim consigo próprio. De início, atrapalhou-se com o mensalão. Se não chegou a tremer, fraquejou. Depois, o casco duro prevaleceu - e o escândalo foi debitado à "mídia golpista".

O Brasil andou, sim, mas tropeça quando menos se espera. Não fosse o injustificado bloqueio do presidente do Senado, José Sarney, e do seu colega Fernando Collor, relator da matéria, ao projeto da Lei de Acesso de Informação, que permite a divulgação de documentos secretos depois de 25 anos, prorrogados por outro tanto - e acaba com o sigilo de textos que envolvam direitos humanos -, Dilma não teria sofrido óbvio constrangimento no evento de Nova York em que falou sobre seus compromissos éticos. Ela ouviu Obama citar o México, a Turquia e a Libéria, mas não o Brasil, evidentemente, como exemplos de países que aprovaram leis "que garantem o acesso de suas populações à informação pública". Sarney e Collor alegaram que os diplomatas e os militares se opunham ao projeto do governo. O Itamaraty e as Forças Armadas os desmentiram.

Pensando bem, faz sentido. Esperar daquela dupla de "cascos duros", com seus notórios prontuários, apoio à transparência na gestão das instituições de governo equivale a esperar de Lula, de quem ambos foram aliados, intolerância à corrupção.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Colírio

Lígia Raquel

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Cultura & Arte - Falando Francamento(Chico Miguel)



FALANDO FRANCAMENTE


Numa ocasião como esta, a tentação é falar de si próprio. Mas seria impertinente falar sobre mim, quando minha apresentadora, Profª Teresinha Queiroz, já disse tudo e de forma muito clara e generosa. Resta-me, portanto, agradecer, e falar sobre a criatura – minha obra – e não sobre o criador.  Lembro sempre do que disse Confúcio: – “Não se deve a todo momento ficar falando de si, por dois motivos: é que, se falamos de bem, ninguém vai acreditar, e se falamos de mal, todos acreditarão”.
Entrando no assunto que quero desenvolver, de imediato me vem à lembrança um certo dia dos anos 1980, morando em Salvador, quando entrei numa livraria e comecei a olhar os livros, atividade para mim muito prazerosa, mesmo que nada possa ler além do título, autor e orelhas, e mesmo que nada possa comprar daquela vez. E, por uma simples coincidência, li na lombada de uma pequena brochura, o seguinte título O Menino Perdido, de autor americano, já falecido há muito tempo.  Comprei o compêndio, li todos os contos e gostei, mas, por algum mecanismo obscuro da mente, não guardei nem o livro nem o nome do autor. Foi o meu espanto. Senti-me roubado, pois já me fixara naquele título para escrever algo que fosse memória da minha meninice.
Lembro-me também de outro dia, já no começo dos anos 1990, em Luís Correia, depois de um banho na praia de Amarração. Sentindo já o começo de uma intransigente crise de depressão, comecei a reler pedaços de contos, crônicas, capítulos. Saudade e angústia. Vontade de fazer algo distinto do que já tinha lido sobre a infância. Era isto que sentia. E começava a refazer alguns bosquejos miúdos, num caderninho escolar, e a partir dali ressurgia o nome de O Menino Perdido como título não definitivo.  Começada a escrita, vieram as indecisões. Não encontrara um novo título e isto me contrariava. Era impossível abrigar minha matéria sob esse título e depois publicá-la. Eu já havia escrito uma crônica com o título de Um Menino Perdido, que logo desejaria publicada num livro de crônicas, o que de fato aconteceu em 1996.
Muitos questionamentos foram feitos mentalmente e permaneceram em ebulição na minha cabeça. Era muita a matéria a escrever, e não queria um livro grande, no fundo eu desejava um grande livro. Também nem pensar em fazer coisa parecida com O. G. Rego de Carvalho, em Ulisses entre o Amor e Morte.  Não tinha como. Eu sou realmente discípulo de O. G. Rego de Carvalho e muito me orgulho disto. Ele é um dos maiores amigos que fiz na minha vida, em Teresina, só não maior do que o Hardi Filho, poeta dos melhores do Piauí, pessoa com quem primeiro me encontrei em Teresina e, juntamente com Herculano Moraes, fundamos o movimento literário O CLIP – Círculo Literário Piauiense. Com O. G. Rego de Carvalho foi diferente: antes de encontrar-me com ele, como colega do Banco do Brasil, já havia lido Ulisses entre o Amor e a Morte. Foi outro espanto na minha vida. Espanto que se repetiu em Somos Todos Inocentes e em Rio Subterrâneo. Que obras incomparáveis!
Mas quantos escritores, que vieram antes dele e de mim, escreveram a infância (ou sobre a infância)?  Lembro-me de alguns: José Lins do Rego, com seu O Menino de Engenho; Graciliano Ramos com o seu livro Infância; Joaquim Nabuco, com o espetacular Minha Formação. Os clássicos russos Dostoiévski e Leon Tolstói fizeram livros sobre sua infância e adolescência, excelentes obras cujos nomes não me vêm à memória. Os clássicos modernos mais à vista seriam O Pequeno Príncipe, de Antoine de Exupéry, e O Menino do Dedo Verde, de Maurice Druon.  A enumeração seria enorme e tomaria muito tempo. Não falemos das historinhas da vida comum e das fábulas antigas renovadas que tanto têm sido escritas e publicadas como meio de ganha-pão de escritores desempregados e de editores sem imaginação senão a do vil metal. Claro que o genial Monteiro Lobato não entraria nessa última classificação, antes merece ser o primeiro da boa lista, com Memórias de Emília e Caçadas de Pedrinho, para referir apenas duas da sua numerosa produção.
Não, eu jamais escreveria uma história ou um conto com o fim único de ganhar dinheiro. Ganhar dinheiro é bom, mas vender a consciência é horrível.
Passei mais de 20 anos a elaborar O Menino quase Perdido. Finalmente, sem matar completamente o nome primitivo, encontrara o novo título: com uma palavrinha apenas ganhei originalidade. Daí então passaram a ser pensadas, com mais gosto, as formas de escrever e a escolha do conteúdo de cada uma das suas partes. Ele, O Menino... não é um conto grande, não é somente feito de contos encadeados, não é de crônicas, não é um romance. E é tudo isto. Ou quase tudo. A matéria eu já possuía até demais, não que minha infância tenha sido tão rica, mas foram minha infância, minha família, minha terra, minha vida que me inspiraram para escrever esta obra. Original na forma, dentro do poder de minha inventiva. Escolhendo como escrever e o que escrever. E o que publicar e o que deixar de publicar. Muitas páginas foram rasgadas. O livro é não somente real como pode ser ficção, imaginação de homem adulto sobre o que e como sentia o menino, naquele tempo. Um transporte enorme no tempo, no espaço e nas emoções. Assim se casaram o distanciamento e a intimidade. Quase todos os personagens são parentes: pai, mãe, avós, tios, irmãs, primos, amigos, amigas e namoradas – algumas inventadas.
Mas é preciso que diga: - este livro é da minha mãe, principalmente. Quem não gosta de mãe certamente não vai gostar dele. Assim como para Saramago a pessoa mais sábia que ele conheceu, quando menino, foi o avô, para mim, foi minha mãe, até os 8 anos. Fui educado para emoções duradouras e positivas. Daí por diante, juntar-se-ia  a influência de meu pai.
Com relação a sua composição, repito: - Foi todo escrito e reescrito muitas vezes. Não digo que esteja perfeito. Não há perfeição, na espécie humana nem sei se em outras. A perfeição é apenas um ideal a perseguir. E é isto que os bons escritores fazem, por si, para si e pela humanidade.
Creio que estou sendo capaz de dizer pouco sobre a matéria de O Menino quase Perdido, mas o suficiente para saber-se que não se trata de biografia, muito menos de minha biografia. Minha biografia são meus livros, não sou cientista nem personagem da mídia, não sou político para quem tudo o que faz precisa ser dito e mostrado, e mentido e enganado. Sou um homem simples e ao mesmo tempo vaidoso do que faço, do que penso e do que recuso. Se em O Menino quase Perdido isto for achado, então o escritor, o personagem onisciente não pôde ser totalmente isento de imprimir sua marca. Eis minha luta pela originalidade e pela diferença em minha escrita, assim como sou diferente em pessoa, sabendo como o filósofo Schopenhauer, que “o estilo é a fisionomia do espírito” e não da cara.
Para confirmar minhas palavras, é pertinente que cite, mais uma vez Arthur Schopenhauer (1788 – 1860), filósofo d “os anos selvagens da filosofia” e autor de “O Mundo como Vontade e Representação”. Escreveu ele: 1º) “Um livro nunca pode ser mais do que a impressão dos pensamentos do autor”; 2º) “Para estabelecer uma avaliação provisória sobre o valor da produção intelectual de um escritor não é necessário saber exatamente sobre o que ou o que ele pensou, pois para tanto seria necessária a leitura de todas as suas obras. A princípio basta saber como ele pensou”.
Pensei “O Menino quase Perdido” como uma obra original sobre a infância, no estilo e na construção, quando qualquer menino é rei, ficando distante o autor onisciente, muito distante do que sentia e sente “o menino”, no íntimo - ambos realmente tornados personagens. 
Auguro, pois, que O Menino... seja lido como verdade mista, real e ficcional, coleção de contos, de crônicas, ou mesmo romance, para os leitores mais liberais.  Editorialmente é um memorial, assim ficou classificado e registrado. E que cada leitor encontre seu menino de forma diferente, da forma que o próprio leitor foi em criança. Se assim acontecer estarei pago.
Finalizando, repito com o vulgo que “de bons propósitos, o inferno está cheio”. Sim, porque me traí e traí a todos, dizendo, no início, que não iria falar de mim mesmo, porém da obra. Acontece que a obra é o homem. Eu sou a minha obra, jamais um se desligará do outro. Se isto acontecer, ambos são falsos ou hipócritas e é isto que eu não quis nem quero ser.

                        Francisco Miguel de Moura,
Teresina, 17-9-2011 (data do lançamento de O Menino quase Perdido, na APL)



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Politica Nacional

DEM teme ficar reduzido à metade

Por Joao Bosco Rabelo - O Estadao

O esforço do PSD para obter o registro a tempo de participar das eleições de 2012 se tornou a segunda etapa da briga com o DEM, de cuja dissidência se originou.
É notório o empenho da legenda que ficou sob o comando dos deputados Rodrigo Maia (RJ) e ACM Neto (BA) para impedir o registro que , se alcançado, representará quase um golpe de morte para quem somava, há bem pouco tempo, mais de 60 parlamentares.
O DEM saiu das eleições presidenciais com 43 parlamentares e estima-se que a consolidação do PSD o reduzirá ainda mais, provavelmente para 26.
Como o PSD estruturou-se em todo o país a partir de alianças regionais com governadores, não se sabe como o DEM sairá das eleições municipais, mas é certo que sangrará mais.
Na Bahia, por exemplo, a aliança é com Jacques Wagner (PT), o que enfraquece o deputado ACM Neto, líder do partido na Câmara. No Rio, igualmente, Rodrigo Maia, ficará em dificuldades.
As denúncias levadas pelo partido à justiça eleitoral têm o objetivo de inviabilizar o registro do PSD pelo estouro dos prazos legais que impõem, entre outros, um ano de anterioridade do registro para participar das eleições.
Essa estratégia dispensa consistência nas denúncias. Parte do princípio de que podem levar o Tribunal Superior Eleitoral a pedir diligências o que, por si só, retarda o processo.
As milhares de assinaturas coletadas foram filtradas pelos cartórios eleitorais e eventuais fraudes fazem parte do processo. O que importa à justiça é que o número de assinaturas autênticas supere com larga margem o mínimo exigido – e isso ocorre.
Essa é a guerra do comando do DEM que oculta a própria fraude nos documentos da Convenção Nacional que dava aos dissidentes de hoje, entre eles o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, poderes para definir coligações e indicar candidatos.
Uma falsificação grosseira desse documento retirou esses poderes do Conselho Político do partido e deu origem ao racha que levou à criação do PSD.  
Na ocasião, os dissidentes preferiram não levar ao tribunal essa fraude com receio de afetar a campanha eleitoral do candidato José Serra ao qual estavam aliados.
Hoje os mesmos comandantes do DEM tentam inviabilizar a consolidação de um partido que ficou maior que seu núcleo de origem em apenas seis meses.
Por ora, a leitura é a de que, recusado o pedido de diligência do ministério público, o plenário do TSE decida dentro do prazo a sorte do PSD.
 Para o sim ou para o não.

sábado, 17 de setembro de 2011

Painel da Cidade


O BARALHO DAS ELEIÇÕES 2012
    Faltando pouco mais de um ano para as eleiçoes, uma chapa esta aparentemente fechada. A da situação, composta pelo atual prefeito ÉDSON/LUIS JOSE. Haja visto, a dispensa de uma aliança que contaria com o ex-prefeito Tatá. Também tem havido muita reclamação por parte de correligionários e a saida de dois vereadores do bloco situacionista, que de uma forma surpreendente fizeram o movimento inverso da situaçao para a oposiçao.  
    Mesmo diante deste quadro, LUIS JOSE/ EDSON se consideram muito competitivos. Mas, diante do dinamismo da politica, acreditamos que muita coisa ainda possa acontecer.

     A chapa da situação que poderá ser composta pela dobradinha vencedora em 2004, CARLEUSA/TATÁ. Há um pequeno detalhe que poderá fazer a diferença, Tatá é muito ousado quando se trata de politica e já antecipou açoes e algumas condições para esta aliança: Será candidato a vice-prefeito e qualquer negociação que houver, terá que ser avalizado por todas as lideranças do grupo, demonstrando assim uma certa desconfiança no grupo oposicionista. Também já provocou um pequeno mal-estar ao retirar o vereador Wilson Timoteo e a suplente Nevinha que estavam praticamente certo de se filiarem ao novo partido organizado pela ex-prefeita Carleusa, o PSD.

BARBAS DE MOLHO
     Os vereadores Alex e Nego de Seu Joaquim, poderão ser candidatos pelo PSD se até o prazo final, o partido estiver regularizado e apto a disputar as proximas eleiçoes. Já Wilson Timóteo que pretende se filiar a um partido competitivo para concorrer as eleições, deve avaliar bem o seu ato. Pois, baseado em mudanças que ocorreriam na legislação eleitoral, que  restringiria as coligaçoes proporcionais, ele que, foi um dos viabilizadores do partido kassabista, recuou e hoje esta propenso a se filiar ao PSB de Tatá.

EH O NOVO
    Nas eleiçoes proporcionais poderá haver  algumas novidades. Além dos já citados pelo PSD, junto a estes concorrerão José Artur, candidato derrotado a vice-prefeito nas ultimas eleiçoes,  que volta a postular uma cadeira no legislativo, em aliança com CARLEUSA/TATA.
    O grupo situacionista tera que se reciclar, e neste sentido esta havendo algumas especulaçoes, como os nomes de Joaquim Pedro, que contará com a substancial ajuda de seus filhos, pelo PT, de  Socorro Carvalho, ex-primeira dama e com um trabalho elogiavel, concorre pelo PTB, juntamente com Mauricio do Feijão .

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Politica Nacional

A resposta é "nada" (16/09) - Do Blog do Alon



O episódio lança de novo no turbilhão um nome do PMDB, e servirá portanto para a volta da ladainha da “despeemedebização”. É o canto de sereia que periodicamente assoma para nos convencer da maravilha que seria o Brasil caso o multipartidarismo fosse reduzido a um bipartidarismo, restrito ao PT e ao PSDB

A troca no Ministério do Turismo reacende pela enésima vez o debate sobre o presidencialismo de coalizão. Que voltará a receber todo tipo de crítica, ataque, desprezo. Haverá novamente a condenação unânime do “modelo fisiológico”.

Sem que se saiba extamente o que seria um “modelo ideológico”.

É bastante provável que o episódio coloque mais uns pesinhos na balança, no prato da reforma política. A eterna panaceia, a pomada milagrosa.

Aí o cidadão comum poderia parar um instante os afazeres e perguntar: afinal, o que o presidencialismo de coalizão tem a ver com o ministro comportar-se de maneira considerada inadequada pela opinião pública?

E o que tem a ver o sistema eleitoral com a circunstância de uma autoridade cometer atos que a lei proíbe?

São perguntas simples, mas de vez em quando é preciso dar ao senso comum a oportunidade de ajudar a clarear o cenário. Neste caso, a resposta imediata para ambas as questões do parágrafo anterior é “nada”.

Problemas com ministros acontecem nos mais diversos sistemas. E, feliz ou infelizmente, não há como governar sem apoio político.

Mas o que quer dizer “apoio político”? O que os jornalistas afirmam quando relatam que certo indivíduo, grupo ou partido está atrás de “espaço”? Não é, obviamente, a busca por instalações mais amplas, arejadas, iluminadas.

É a ambição de poder nomear, demitir, executar o orçamento. Com o objetivo explícito de alavancar a reprodução do próprio poder. A partir da articulação entre interesses privados e políticas públicas.

Pois políticos que detêm poder pensam antes de tudo em como reproduzi-lo e acumular mais. Essa também é uma regra geral. Vale sempre. Em qualquer lugar do mundo.

Eis aí o virtuosismo dos sistemas permeáveis ao surgimento de novas opções políticas. É o estado saudável das coisas. Mas o Brasil teima em procurar no lugar errado a raiz das encrencas.

O episódio lança de novo no turbilhão um nome do PMDB, e servirá portanto para a volta da ladainha da “despeemedebização”. É o canto de sereia que periodicamente assoma para nos convencer da maravilha que seria o Brasil caso o multipartidarismo fosse reduzido a um bipartidarismo, restrito ao PT e ao PSDB.

Se bem que a sereia anda meio rouca, desde que petistas e peessedebistas se descobriram inimigos figadais, de uns anos para cá. E agora cada um trata de convencer a sociedade de que o outro sucumbiu ao pântano que, no nascedouro, ambos prometiam drenar.

Sempre haverá quem caia nessa.

A sociedade anda cada vez mais intolerante a malfeitos. Isso é muito bom. E a sociedade parece compreender crescentemente que não há ninguém imune, que nenhum partido carrega a pureza no DNA. O que é ótimo.

E também que o sucesso no combate ao mau uso do dinheiro público será função principalmente do ativismo social e da presença de uma oposição firme e fiscalizadora. Que reduzam o grau de liberdade dos governos.

O segundo quesito vai mais ou menos, mas o primeiro pode compensar. E esse ativismo poupará seu próprio tempo tempo se sabiamente deixar de lado irrelevâncias como por exemplo o estado de origem do novo ministro do Turismo.

Fazendo contas

O deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) fez as contas. O setor público no Brasil investe por ano na Saúde cerca de 430 dólares per capita. Uns 150 bilhões de reais no total.

Ou seja, para dobrar o investimento e chegar, por exemplo, aos mais de 800 dólares que a Argentina gasta por habitante, o Estado brasileiro precisaria achar mais o mesmo tanto, mais 150 bilhões de reais para a Saúde.

Quando a CPMF morreu, arrecadava uns 40 bilhões de reais. A nova CSS (Contribuição Social para a Saúde) tem arrecadação prevista de no máximo 15 bilhões.

Ou seja, a CSS poderá servir para algumas coisas, menos para resolver o problema do financiamento à saúde.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Colírio

Juliete Silva

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Politica Nacional

Por que a PF não busca quem matou Toninho?
JOSÉ NÊUMANNE 
 O Estado de S.Paulo - 14/09/11

No sábado passado, enquanto o mundo inteiro se preparava para prantear as quase 3 mil vítimas do terrorismo fundamentalista em Nova York, outra efeméride fúnebre passou em brancas nuvens pelos céus deste nosso Brasil varonil. Os dez anos da execução do então prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, não foram lembrados com a indignação com que deveriam tê-lo sido, neste momento em que até a presidente Dilma Rousseff definiu como "positiva" (a seu assessor palaciano Gilberto Carvalho) a mobilização popular contra a corrupção, no Dia da Pátria. A omissão passou a ser mais uma evidência acumulada de que os antigos romanos tinham razões de sobra para constatar que sic transit gloria mundi (assim passa a glória mundana).

Afinal, a vítima não era um anônimo qualquer. O compositor e intérprete de sucessos musicais Chico César, seu amigo pessoal e testemunha de muitos dos comícios e outras manifestações de apreço dos campineiros, garante nunca ter visto amor tão genuíno como o que estes demonstravam explicitamente pelo líder, baleado na noite de 10 de setembro de 2001 quando manobrava à saída do estacionamento de um shopping center. A cidade que ele administrava não é propriamente um vilarejo insignificante, o que poderia justificar a lápide fria que foi posta não apenas sobre seu corpo, mas também sobre a obra de um dirigente político que denunciou, com coragem, o banditismo em suas mais diversas formas, entre as quais as da política e da governança pública. É possível até argumentar que seus assassinos se beneficiaram do fato de a execução ter ocorrido justamente na véspera dos atentados contra as torres do World Trade Center. Mas mesmo essa desculpa é pálida, para não dizer amarela, como definia minha avó Nanita, que pontificava do alto de sua vetusta sabedoria doméstica: "Desculpa de cego é feira ruim e saco furado".

O certo é que só o acaso não justificaria ou, em última instância, perdoaria o silêncio de cemitérios que se impôs sobre o assassínio do líder que teria acrescido ao apelido familiar Toninho a expressão "do PT" para não ficar dúvida quanto ao partido a que pertencia o mártir na luta contra o crime. Nem para deixar que os dez anos de negaças e incúria das autoridades públicas os despejem no oblívio.

Toninho 13, assim conhecido por causa do número de suas postulações a cargos no Executivo municipal de sua cidade, não era decerto um militante apreciado e totalmente aprovado pelo comando do partido, como o era outra vítima de morte dada como acidental, nunca devidamente esclarecida, Celso Daniel. O campineiro chegou a ser demitido da Secretaria de Obras de Jacó Bittar, amigo do padim Lula e pai dos sócios do filho do profeta de Garanhuns, a exemplo do que também ocorreu com o ex-guerrilheiro Paulo de Tarso Venceslau, que não chegou a ser morto pelas denúncias que fez, mas sobreviveu a dois atentados na Rodovia do Trabalhador. E não escapou do expurgo partidário por insistir em não compactuar com a omissão cúmplice da direção partidária.

Quando Celso Daniel foi baleado, quatro meses depois de Toninho, tinha saído da prefeitura de Santo André para coordenar o programa presidencial na campanha, que terminaria vitoriosa, de Luiz Inácio Lula da Silva. Com sua morte, o posto foi ocupado por Antônio Palocci, abatido dos mais altos postos da Esplanada dos Ministérios não por balas de pistoleiros, mas por acusações de agressões à ética que iam desde a invasão do sigilo bancário de um pobre caseiro até a multiplicação do patrimônio pessoal sem renda que a justificasse. Só por aí já dá para imaginar o destino glorioso que poderia ter tido o moço do ABC, se não houvesse morrido.

De qualquer maneira, há semelhanças entre as vítimas. O amado e corajoso líder campineiro denunciara grupos poderosos de corruptos públicos e privados na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigava o narcotráfico. E o preparado quadro de Santo André também protagonizava um escândalo em que o produto da propina, segundo dois irmãos dele, fora transportado em malas entregues ao mesmo Gilberto Carvalho que acabou de ouvir Dilma elogiar as manifestações contra o esbulho, tendo como destinatário o então presidente nacional petista, José Dirceu. Todos os personagens dos casos citados, é claro, negam envolvimento e este último tem negado muito mais, de vez que é acusado de chefiar um bando organizado que movimentava recursos públicos e privados na compra de apoio parlamentar.

A Polícia Civil, chefiada por adversários do PT no poder no Estado de São Paulo, logo incriminou o sequestrador Andinho, dado como o matador de Toninho. Da mesma forma, concluiu que um menor teria acertado a testa de Daniel a oito metros de distância no escuro da madrugada numa mata em Itapecerica da Serra. Em ambos os casos, o comando petista não discutiu a conclusão dos subordinados de tucanos e contestou familiares dos mortos, indignados com as óbvias falhas nas investigações.

Há pouco tempo, um júri popular começou a condenar alguns participantes da execução do prefeito sequestrado. A promessa feita por Lula, candidato no palanque, em Campinas, em 2002, de mandar a Polícia Federal (PF) investigar o assassinato do prefeito baleado na direção do carro nunca foi cumprida. Márcio Thomaz Bastos, indicado para assessorar juridicamente a família do morto, Tarso Genro, Luiz Paulo Barreto e José Eduardo Martins Cardoso, no comando da pasta à qual está subordinada a PF, não moveram uma palha para cumprir essa vã promessa de seu líder supremo.

O mínimo que se pode questionar neste décimo aniversário da execução de Toninho do PT é por que nunca ninguém das cúpulas petista e federal se interessou em saber se tem razão a polícia paulista, que acusa Andinho, ou o sequestrador, que sempre negou a autoria do crime.

Painel da Cidade


Todos nós, moradores e visitantes, sabemos dos problemas estruturais de Francisco Santos. Ruas estreitas, mal planejadas, falta de saneamento básico, enfim, há uma enorme carencia dos serviços essencias. 


Também sabemos que isto é fruto da falta de planejamento inicial, com a contribuição de administrações que não se preocuparam em dar um minimo de organização administrativa e bem-estar aos seus munícipes. 


Infelizmente o que nós observamos é a luta do poder pelo poder, sem um minimo de preocupação com o bem estar da sociedade.


Não é so o poder executivo que tem responsabilidades não, o poder legislativo da nossa cidade é conivente, como também é de todo inoperante. Afinal, o poder legislativo tem o seu papel de legislar, criar leis que beneficiem o cidadão e de fiscalizar a aplicação dos recursos por parte do poder executivo.

Mas  vamos a duas questões, aparentemente  banais, mas reveladoras da falta de ação dos poderes constituidos da nossa cidade. Hoje em dia há um grande boom da construção civil, há construção aqui, ali e acolá. Inicia-se uma construção, interrompe-se as vias por 60, 90 dias e não vemos nenhuma ação dos poderes, no sentido de organizar, de fazer com que as leis sejam cumpridas, fazendo com que estes construtores tenham um minimo de respeito com a população.

Outro ponto  que queremos colocar em pauta. Há ruas estreitas, onde passa apenas um carro, como é o caso da rua Santo Antonio. As pessoas que estão construindo, acrescentam uma especie de varanda no segundo pavimento das casas, em cima das calçadas. Será se estes construtores e os poderes constituidos não sabem que a calçada em uma via pública e não privada?

sábado, 10 de setembro de 2011

Colírio

Kris Mary

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Politica Nacional

Voto distrital
MERVAL PEREIRA
O GLOBO - 10/09/11
O movimento contra a corrupção, que vai ganhando corpo em todo o país através da convocação de manifestações pelas redes sociais, está tendo um efeito colateral imediato: o fortalecimento da campanha pela adoção do voto distrital, que também está sendo feita através da internet.

Os organizadores do movimento #votodistrital experimentaram um crescimento considerável da adesão ao manifesto, que está no site http://www.euvotodistrital.org.br, a partir das manifestações ocorridas no Dia da Independência.

Enquanto escrevia esta coluna, já eram mais de 55 mil pessoas aderindo ao manifesto a favor do voto distrital na internet.

O Centro de Liderança Política (CLP), dirigido por Luiz Felipe D"Ávila, é que está coordenando o movimento e a arrecadação de doações. O site da campanha foi feito e é mantido por voluntários, e diversas pessoas vão procurando o movimento e oferecendo ajuda à medida que ele se torna conhecido.

Tudo indica que a sociedade está fazendo a ligação entre a corrupção e as faltas de fiscalização, de responsabilização e de representatividade, dando esperanças aos organizadores da campanha de que ela se torne um movimento no mesmo feitio da proposta popular que criou a Lei da Ficha Limpa.

A iniciativa popular é um instrumento previsto na Constituição que permite que um projeto de lei seja apresentado ao Congresso desde que, entre outras condições, apresente as assinaturas de 1% de todos os eleitores do Brasil, isto é, cerca de 1,3 milhão de pessoas.

A alteração do sistema eleitoral só pode ser feita pelo menos um ano antes da realização de eleições, e como a ideia dos coordenadores do movimento é testar o voto distrital nas eleições municipais de 2012 nas cidades com mais de 200 mil habitantes, essa proposta teria que chegar ao Congresso no final de setembro, o que é inviável.

No entanto, a movimentação pelo voto distrital continuará para que o assunto entre na pauta do Congresso e possa se transformar em realidade o mais breve possível.

No manifesto, o voto distrital aparece como o oposto ao voto em lista fechada, que está na proposta de reforma política do deputado Henrique Fontana, do PT.

Diz o manifesto: "Acreditamos que o eleitor tem de manter vivo na memória o seu voto, o que certamente acontecerá quando um parlamentar representar o seu "distrito". A base da proposta é aproximar o eleitor de seu candidato e dar a ele a capacidade de fiscalizar e cobrar sua atuação.

"Esse voto, condicionado também pela geografia, traz o benefício adicional de evitar que a Câmara dos Deputados se limite a uma Casa de representação de lobbies.

"O Congresso não pode ser uma reunião de meras corporações a serviço de interesses setoriais. Justamente porque queremos um eleitor mais próximo do eleito de seu distrito, repudiamos ainda o chamado "voto em lista fechada", proposta que fortaleceria unicamente as burocracias partidárias, permitindo a eleição de parlamentares sem rosto.

"O voto distrital, ao dar poder ao eleitor para fiscalizar e cobrar o desempenho de seus representantes, contribuirá para melhorar o Poder Legislativo, o que elevará a qualidade da nossa democracia."

O que dificulta a aprovação de sistemas eleitorais que adotem a divisão dos estados em distritos é alegadamente o desequilíbrio na representação popular, que faria com que o eleitor dos grandes centros fique em desvantagem. Tendo em vista o pluripartidarismo brasileiro, há também o risco de a definição da vontade das maiorias ser uma tarefa complexa e polêmica. Com 21 partidos disputando a eleição em um distrito para uma vaga, como o eleito representará a maioria?

Por isso a proposta de voto distrital puro é a preferida, com dois turnos, se preciso, para garantir que o vencedor tenha a maioria.

Também o especialista em pesquisas de opinião pública Örjan Olsén foi contratado para determinar se seria possível dividir o Brasil em distritos com número de eleitores próximo aos quocientes para eleição de um deputado federal ou estadual e para vereadores.

O objetivo era alcançar um desenho inicial de distritos que formassem uma unidade geográfica contínua. Para tanto, foram usados dados censitários, puramente geográficos, sem influência de critérios de histórico de voto, respeitando ao máximo os limites municipais nos distritos para deputado e os limites de distritos ou bairros nos distritos para vereador.

Foram utilizados os mesmo critérios do IBGE, como mesorregiões ou microrregiões.

A primeira é uma subdivisão dos estados brasileiros que congrega diversos municípios de uma área geográfica com similaridades econômicas e sociais.

As microrregiões foram criadas pela Constituição de 1988 e são um agrupamento de municípios limítrofes.

Sua finalidade é integrar a organização, o planejamento e a execução de funções públicas de interesse comum, definidas por lei complementar estadual.

Como são raras as microrregiões formalizadas, o termo é muito mais conhecido em função de seu uso prático pelo IBGE, que, para fins estatísticos e com base em similaridades econômicas e sociais, divide os diversos estados da Federação brasileira em microrregiões.

Foi respeitado o número de cadeiras existentes para cada estado na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas e na Câmara de Vereadores, e criados tantos distritos quantas cadeiras estarão sendo disputadas.

Curitiba, por exemplo, seria dividida em cinco distritos na eleição para deputado federal, cada qual elegendo um candidato.

São Paulo teria 55 distritos para a eleição de vereadores, e, por exemplo, bairros como Bela Vista, Consolação, Liberdade e República seriam unidos em um distrito, de acordo com critérios técnicos.

Cada distrito teria cerca de 150 mil eleitores para a eleição de vereador.

Politica Local




Reunião Desnecessária
Alguém imaginaria Carleusa Santos dialogando com um possível aliado de peso, destratando e pondo-o praticamente pra fora do partido? Pois, foi exatamente isso que aconteceu nesta semana que passou, em que, o grupo que comanda a cidade de maneira equivocada e sem nenhum tato político, dispensaram com duras palavras o ex vice-prefeito e candidato derrotado nas eleições passadas. Foi uma total falta de articulação, sendo que eles já haviam se encontrado em Teresina e haviam chegado a um denominador comum de que a chapa estava formada e não teriam como mudar.
Como Tatá ainda sonhava com esta possível candidatura de vice-prefeito na chapa da situação, deixou que os seus aliados se encontrassem para tratarem de coisa nenhuma, ou melhor, ele derrapou feio também, pois expôs seus liderados. Concordando em eles participarem de uma reunião que não traria nenhum dividendo político pra ele.
Resumo da ópera: Luis José ajudou a candidatura das oposições dispensando Tatá, que saiu chamuscado e que certamente comporá com Carleusa, sem o mesmo poder de barganha que teria, se não tivesse se exposto tanto.

Novo Desenho Politico
Quando o atual presidente do poder legislativo, começou este movimento de aproximação com a ex-prefeita, ele pretendia uma candidatura de vice-prefeito. A líder da oposição, espertamente foi envolvendo-o, pois ela é craque nesta arte, é inteligente, carismática, tem timming político, sabe estar no lugar certo, na hora certa e habilidade suficiente pra juntar até inimigos figadais dela. E Nego hoje é um aliado sem muitas possibilidades de candidatura, mas já esta engajado e dificilmente deixará de continuar ao lado dela, por conta desta aproximação bem costura por ela e muito mal conduzida pelo poder publico municipal. Que não soube sanar eventuais  problemas, pois é sabido que o atual presidente do poder legislativo nunca foi muito prestigiado, mas também nunca teve um problema insolucionável.

Tradição
Em pleno desfile cívico de 07 de Setembro, a intransigência prevaleceu. Nas proximidades do palco montado para as autoridades, no largo do mercado publico municipal, fica um bar em que alguns ficam bebendo sua cerveja e concentradas aguardando os acontecimentos. No momento em que o desfile passava em frente ao carro palanque, alguns personagens permaneceram durante todo o desfile com um carro de som ligado em alto volume, incomodando todos os expectadores e atrapalhando a fanfarra que tentava fazer o seu trabalho, desrespeitando totalmente a sociedade Franciscossantensse.

Bandeja
Diante dos últimos acontecimentos, a gente volta a velha máxima de que a política é a arte do imponderável. Poderá não acontecer, porque temos uma espaço de tempo grande até as eleições de 2012, mas, Carleusa vem capitalizando apoios e mais apoios. E Tatá que foi jogado no colo das oposições outra vez, volta a ser o nome forte para compor a chapa da coligação oposicionista.

Des(Articulação)
A articulação política do grupo situacionista é de um amadorismo impressionante. A cada dia que passa pululam insatisfeitos e mais insatisfeitos, e não se vê nenhum movimentação no sentido da correção de eventuais erros que possam ter cometidos. É praticamente inexistente uma base de apoio e de defesa das ações do poder executivo, também não vemos nas ruas movimentação do eleitorado em defesa do grupo político do executivo municipal.


quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Colírio

Bianca Jaqueline

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Politica Nacional

Evita e o professor
FERNANDO DE BARROS E SILVA
FOLHA DE SP - 07/09/11

SÃO PAULO - Com 2% das intenções de voto registrados pelo Datafolha, Fernando Haddad é hoje um candidato literalmente nanico. Pontua menos que os tucanos José Aníbal (5%), Bruno Covas (6%) e Aloysio Nunes Ferreira (10%). E está muito atrás da sua companheira petista Marta Suplicy (31%).

A diferença é acachapante, mas, nas atuais circunstâncias, não significa muita coisa a favor da senadora. A rejeição a Marta está na casa dos 30%. Como muitos outros no PT, Lula está convicto de que é bem mais fácil levar o novato ministro da Educação ao segundo turno e daí à vitória do que fazer com que Marta conquiste de novo a prefeitura. Ela seria o nome ideal para ser derrotada em grande estilo.

Mas não é tão simples convencer a base petista disso. No ambiente das plenárias, Marta ainda é tratada como uma espécie de Evita Perón. Haddad é apenas o menino do Lula, aquele professor da USP cuja carreira, política inclusive, foi feita à margem da vivência partidária.

Há hoje um descompasso entre esse sentimento da militância e o desgaste da senadora na máquina partidária. Lula pode ser o maior, mas não é seu único adversário.

Marta se queimou na eleição ao Senado, em 2010. Contratou Duda Mendonça à revelia do partido para fazer sua campanha e procurou desgarrar sua imagem da do PT, atrás do segundo voto tucano. Acabou eleita no sufoco. O chamado "grupo da Marta" se dissolveu em São Paulo e hoje dois de seus ex-secretários postulam suas próprias candidaturas a prefeito, mesmo sem ter chance nenhuma.

Uma eventual prévia pode conflagrar o PT paulistano. É tudo que Lula tenta evitar. O Datafolha diz que 40% dos eleitores estariam inclinados a votar no candidato indicado por ele. Lula já elegeu Dilma, o que não foi pouco. Mas estava passando o bastão diretamente à sucessora. E São Paulo sempre foi mais hostil ao lulismo que o resto do país. Veremos se ele passa pela prova do professor Haddad.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Colirio

POLITICA LOCAL

Saia Justa

O grupo politico de Tata seguramente esta em maus lençois. Ele forçou uma situaçao que podera inviabiliza-lo totalmente como quadro para as eleiçoes majoritarias de 2012.
A forma como desprezou o grupo que lhe deu todo apoio, que deu todas as condiçoes para ele se tornar uma grande liderança municipal, dando-lhe a oportunidade de ser vice-prefeito e o consequente afastamento da titular para a efetivaçao dele como prefeito substituto, a candidatura de prefeito nas eleiçoes de 2008.
A maneira como humilhou depois da vitoria de Wilson Martins o grupo da ex-prefeita Carleusa Santos que decidiu por algumas conveniencias locais apoiar Silvio Mendes para governador do estado.

Esse encontro de ontem a noite(que nos referimos no post anterior) podera ter sido uma pa de cal numa possivel aliança com o grupo de Carleusa Santos, pois se o partido ja vinha com ele atravessado devido a rejeiçao publica que ele fazia questao de manifestar, e a tambem manifesta preferencia a uma aliança com o grupo que esta no poder municipal. 

Aguardemos os proximos acontecimentos, se houver alguma previsibilidade na politica, a uniao do grupo oposicionista com Tata podera estar totalmente descartada.

Politica Nacional

Não foi por falta de aviso
HERÁCLITO FORTES
O Globo - 05/09/2011

Durante as eleições de 2006, denúncia envolvendo uma ONG e uma pessoa conhecida como "o churrasqueiro do Lula" chamou a atenção para a atuação dessas organizações. Na ocasião, pipocavam suspeitas sobre algumas delas que de "não governamentais" não tinham nada, como se viu desde então. Propus a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o assunto. Como estávamos no período eleitoral, seria para o ano seguinte.

O recorde de assinaturas de apoio, ao contrário do que se poderia imaginar, não significou qualquer disposição para apurar os fatos. O governo escolheu a dedo uma pessoa de sua inteira confiança, como foi dito à época, para o cargo de relator - o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) - e fez de tudo para boicotar as investigações. Depois de muitas tentativas e algumas prorrogações, a CPI terminou melancolicamente, sem aprovar relatório algum.

Aliás, o relator nem se deu ao trabalho de aparecer e apresentar o resultado das investigações que deveria conduzir. Entregou um rascunho de 1.500 páginas, que chamou de marco legal.

Durante todo este período, a imprensa apresentou dezenas de denúncias, que já miravam, entre outros, o Ministério do Turismo.

Não faltaram também graves indícios de desvios de recursos nos ministérios do Desenvolvimento Agrário (com entidades ligadas ao MST, que chegaram até a promover uma baderna na Câmara), dos Esportes, do Trabalho, da Ciência e Tecnologia, além de Petrobras, fundos de pensão e prefeituras, sobretudo do Grande ABC, quase sempre ligadas ao PT.

Aliás, o traço comum é a ligação entre as entidades e os partidos políticos que controlam os órgãos.

Os resultados, no final, não foram extraordinários, reconheço. Mas houve casos simbólicos, como o da Finatec, em Brasília, que resultou em condenações na Justiça, o da Fetraf-Sul (Federação dos Trabalhadores em Agricultura Familiar, de Santa Catarina), que agora volta ao noticiário, ou o da Angrhamazônica, entidade que recebeu R$2,5 milhões dos ministérios do Turismo e da Cultura, para organizar um réveillon em Brasília e conseguiu dar o cano nos "bois" Garantido e Vermelho, do Amazonas, ao mesmo tempo.

No fim de 2006, a então ministra Dilma Rousseff dizia que não se podia criminalizar as ONGs, pois elas prestavam grandes serviços ao país. O já naquela época ministro da Controladoria Geral da União - que até aqui só mostrou eficiência (discutível) com prefeituras de pequenos municípios - dizia que era preciso cuidado para regulamentar o chamado Terceiro Setor.

Mas a própria CGU apresentou um número preocupante: de 1999 a 2006, foram repassados a ONGs e Oscips nada menos do que R$33 bilhões. E constatou fraudes de R$360 milhões em convênios celebrados nos últimos 18 meses entre o governo - o de Dilma também, portanto - e ONGs.

Em 2007, atendendo a uma recomendação do Tribunal de Contas da União, o governo ensaiou uma proposta para controle das verbas repassadas a essas entidades, mas recuou vergonhosamente. Existe, aliás, um decreto do ex-presidente Lula criando o Portal dos Convênios e ordenando que ele funcionasse.

A ocasião, agora, é propícia. Quem sabe, a presidente Dilma não aproveita o ensejo da faxina e o coloca em pleno funcionamento, com critérios claros de seleção e cobrança de resultados.

À vista de todos, na internet, com total transparência. Pois os escândalos tendem a se repetir, como avisamos antes e estamos reiterando agora.

Se levado a sério, pode ser até mais eficiente que uma Comissão Parlamentar de Inquérito que, embora seja um instrumento da minoria, é impedida de funcionar pela maioria.

No mais, ganha um prêmio da mega-sena (que, aliás, estranhamente só tem contemplado uma única pessoa) quem souber quantas ONGs existem no Brasil. Militares experientes dizem que, só na Amazônia, são 100 mil. Há estudos no próprio Ministério do Planejamento que falam em 500 mil. Durma-se com um barulho desses.